Ainda no início de 2017, o Conselho Estadual de Jovens Empreendedores de Santa Catarina (CEJESC) deu início ao Startup CEJESC, um programa de inovação que tem por objetivo apoiar o desenvolvimento socioeconômico catarinense e fortalecer o associativismo, por meio do surgimento de negócios inovadores. Neste ano, uma das etapas do Startup CEJESC ocorreu junto à 155ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho, realizada em Florianópolis, nos dias 18 e 19 de outubro.
Foi uma oportunidade para que jovens empreendedores de todo o Estado, ligados ou não ao CEJESC, inscrevessem suas ideias e se capacitassem para tirá-las do papel e levar adiante o negócio, conforme explica o vice-presidente do CEJESC no Planalto Serrano, Malek Ráu Dabbous: “O Startup CEJESC quer pegar todo esse potencial latente dos jovens empreendedores, que têm boas ideias e que poderiam impactar mais pessoas, e transformar isso em negócios, de uma maneira bem simples e muito focada nos resultados”.
Parceria com o projeto Reuni
Essa etapa do Startup CEJESC contou com a parceria do projeto Reuni (Realizando o Empreendedorismo Universitário). “Realizamos o Startup CEJESC by Reuni porque ele trabalha com uma metodologia simples, fácil de aplicar, mas que traz bons resultados, já comprovados no Orion Parque, em Lages”, comenta Dabbous, que também participou e contribuiu para o desenvolvimento dessa ação.
Os inscritos no Startup CEJESC by Reuni tiveram uma capacitação on-line sobre o universo das startups, termos técnicos e outros conhecimentos necessários para a etapa presencial realizada em Florianópolis. Na Capital, os participantes foram divididos em grupos e tiveram a experiência de transformar uma ideia em um modelo de negócio.
Hemerson Schenato, um dos fundadores do projeto Reuni e que acompanhou a atividade em Florianópolis, acredita que o processo não visa somente a criação de negócios, mas o desenvolvimento de uma cultura empreendedora nos participantes, fazendo com que utilizem, em suas empresas e projetos pessoais, as mesmas ferramentas que aprenderam durante a capacitação.
“As equipes que participaram do processo tiverem menos de 12 horas para criar uma ideia, desenvolver o modelo de negócios e fazer a apresentação dos pitches para o público. Devido ao engajamento dos participantes, tivemos bons projetos sendo apresentados, inclusive o projeto vencedor já está recebendo as consultorias dentro do Orion Parque, em Lages, para que ele vire um negócio realmente”, frisa Schenato.
Apresentação do modelo de negócio durante a AGO em Florianópolis
Agro Pulver: o projeto vencedor
Após a apresentação dos pitches, o público elegeu vencedor do Startup CEJESC by Reuni o Agro Pulver, projeto idealizado pelo empreendedor Marcos Manfé, de Florianópolis, e que foi desenvolvido com o apoio dos nucleados Karine Göss e Eduardo Broering, ambos do Núcleo de Jovens Empreendedores de Lages.
O Agro Pulver é um modelo de pulverizador autônomo, que tem por finalidade apoiar o médio e grande produtor rural na proteção da lavoura contra pragas, doenças e insetos, além de disponibilizar nutrientes para as plantas. Como benefícios, estão o ganho na produtividade e a redução de custos na produção, por exemplo.
Conforme exposto durante a AGO, o equipamento é um dirigível autônomo, com formato único de um balão, que transporta, por meio de gás hélio, defensivos agrícolas com bateria, acoplado ao drone pulverizador.
De acordo com Manfé, participar do Startup CEJESC by Reuni foi um grande passo para buscar a execução do projeto: “Foi muito gratificante estar entre essas pessoas engajadas com a ideia do empreendedorismo. Em Florianópolis, foi uma experiência muito boa, que eu nunca tinha tido, e só isso já valeu a pena. Depois, conhecer o Orion Parque, participar das atividades, conhecer as pessoas, foi fantástico”.
Idealizador do Agro Pulver, Marcos Manfé
Regionalização do Startup CEJESC
O vice-presidente Malek acredita que o próximo passo para o Startup CEJESC é a regionalização do projeto. “A ideia do CEJESC é que isso possa acontecer mais vezes por ano em regiões diferentes do Estado, para que possamos atingir aqueles micro e pequenos empreendedores, aqueles jovens que têm uma ideia, mas ainda não sabem muito bem como transformá-la em uma startup. A intenção é que o projeto vá migrando para que mais pessoas tenham acesso”, afirma.